CRÔNICA: NOSSA (HUMANIDADE) FUNÇÃO NO PLANETA É GERAR DESEQUILÍBRIO
CRÔNICA:
NOSSA (HUMANIDADE) FUNÇÃO NO PLANETA É GERAR DESEQUILÍBRIO
Longe de querer intrometer-me na área dos Físicos e Astrônomos, pois não tenho formação acadêmica para tal intento, acabei por me deparar, inúmeras vezes, com dúvidas sobre a nossa função no Planeta e no Universo, afinal, somos campeões em gerar desordem, produzir lixo, achar que a Natureza existe em nossa função e assim, teria inúmeros exemplos de quanto estamos “deslocados”.
Há tempos já tenho a clareza de que o Universo é uma Totalidade, que se movimenta (no espaço) em busca do seu autoequilíbrio enquanto Tudo. Disso resulta possível concluir, sem grande esforço, que o Sistema Solar é parte desse Todo, assim como o Planeta Terra é parte do Sistema Solar, e assim, como nós somos parte do Planeta/dessa Natureza Terra (e não diretamente de Marte, ou da Lua). Enfim, a Totalidade é formada por muitas partes (das quais conhecemos algumas), partes que a constituem nesse movimento em busca do autoequilíbrio.
Entretanto, se a Totalidade busca o equilíbrio é porque ainda não o possui, o que é a nossa sorte, e mais, é bem aí que nos encaixamos no Todo. Tentarei explicar melhor.
Aristóteles já procurava o Primeiro Motor, aquele que seria o começo de todo movimento/vida e a causa dele/a, ontem, hoje e sempre. Depois, a Igreja e seus grandes Teólogos, simplesmente disseram que este Primeiro Motor era Deus - seguindo também o caminho dos Mitos e dos deuses/de Panteões – a partir do que seria possível explicar e entender Tudo. Podemos aferir disso, que não é de hoje essa busca, ou melhor, a busca pelo princípio que Tudo põe em movimento.
Movimento que é a própria vida que está sendo, se dando enquanto fluxo ininterrupto na busca do equilíbrio, logo, parece que o desequilíbrio é necessário, ou mais forte ainda, o desequilíbrio é vital, pois é ele que favorece a energia que põe o Todo em movimento, sempre pôs e porá. Sendo assim temos: desequilíbrio-equilíbrio, energia, movimento, vida, Totalidade que é.
Mas e nós, humanidade? Parece que não somos necessários? Na verdade, confesso, eu já estava convencido de que, de fato, não éramos necessários para esse movimento, apenas éramos espectadores – até mesmo dispensáveis, pois a nossa consciência/razão não é indispensável para o fluxo da vida – desse movimento da Totalidade. Depois, comecei a perceber que nós humanos somos mais prejudiciais à Natureza/ao Planeta do que qualquer outra coisa: lixo, poluição, consumo excessivo, reprodução sem controle e preocupação a nível mundial, produção de venenos, bombas atômicas, transgenia, manipulação de vírus, etc. Ou seja, somos um grande perigo ao Planeta.
Já estava dando razão aos filósofos considerados pessimistas como Hobbes, Schopenhauer, Nietzsche... e eis que Freud, um pouco mais realista do que pessimista, me intrigou ao afirmar que é a dor, o sofrimento ou ainda, o negativo que produz a energia psíquica. Até então eu pensava que era o positivo que desempenhava essa função. Acredito, pelas fotos que vejo nas mídias, todos/todas sempre sorridentes e em festas, que a maioria também pensa como eu pensava.
Claro que, antes de Freud, outros já haviam insistido nisso, basta lembrar os ensinamentos do Buda, que já dizia, a 2500 anos atrás, que o ser humano vive fugindo da dor e buscando o prazer em sua passageira existência nesse mundo.
Entretanto, foi ouvindo AC/DC que algo me ocorreu, ou seja, lembrei que uma pilha, que produz/armazena energia, precisa dos dois polos para colocar qualquer aparelho em funcionamento, assim como nós somos entre os bons e ruins momentos, parece que o Planeta também só se movimenta em busca do equilíbrio, ou seja, devido ao desequilíbrio que nós humanos nutrimos, colocando o Planeta em movimento, produzindo energia e vida, integrando o movimento do Tudo, afinal, se a Terra está em desequilíbrio ela acaba sendo o polo negativo do Universo, que também se movimento em busca do autoequilíbrio.
Por fim, fomos salvos pela nossa incompetência e imaturidade.
Aliás, seria a razão a causa de gerarmos tanto desequilíbrio?
Tércio
Inácio
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