ensaio: CONTROLE DE NATALIDADE PLANETÁRIO
CONTROLE DE NATALIDADE PLANETÁRIO
Considerando a atual tensão fomentada pela Rússia, Estados Unidos, China e a União Europeia, usando como justificativa a possível invasão de um modesto país, do qual nem me lembro o nome, fica evidente que são poucos e os maiores que mandam no Planeta. Apesar das nobres justificativas, exceto as da Rússia, que não são nada nobres, bem sabemos que tudo não passa de uma questão econômica, afinal, todos entraram em crise econômica, devido a pandemia, e agora, querem recorrer a velha fonte econômica sobre a qual erigiram seus impérios, qual seja, a indústria bélica.
Entretanto, o que isso tem a ver com o título/tema proposto?
Quis apenas aproveitar o fato em destaque nas mídias sociais, para provocar a ideia de que algumas mudanças precisam ocorrer a nível planetário, e não apenas de países. Desculpem-me, mas preciso, novamente, fugir ao tema proposto, pois considerando a provocação inicial me ocorreu outra questão planetária que precisa ocorrer, qual seja, que cada país arque com seus arsenais bélicos, sobretudo os nucleares. Isso mesmo, só isso. Nada de despachar lixo nuclear para outros países, muito menos, armazenar armas nucleares fora do próprio país que as produziu.
Medidas planetárias, para problemas planetários, obviamente, problemas criados por nós humanos.
Assim sendo, outro problema planetário que já criamos - e para o qual a grande maioria segue contribuindo - é o da superpolução humana. Problema que ainda é negado e do qual ninguém quer falar. Na verdade, até que ainda pode ser evitado por mais uma ou duas gerações, mas depois, as medidas necessárias terão que ser muito mais rígidas, duras e até mesmo cruéis. E o principal motivo para isso é básico/primário, ou seja, comida para todos da onde? Evidente que surgirão muitos outros problemas. Com isso nem me refiro a desigualdade social/a pobreza humana da maioria, que já se tornou um problema “normalizado”, algo inevitável e com o qual precisamos conviver. Inclusive, “politicalhamente” (aqui não me refiro aos poucos políticos sérios e honestos), essa pobreza é lucrativa, sobretudo, na hora das eleições. As vezes, até me parece que as igrejas também lucram com a pobreza.
Mas e o controle de natalidade? E por que planetário?
Simples de responder: da onde os chineses (1 bilhão e 500 milhões) e os indianos (1 bilhão e 400 milhões) tirarão a comida? Será um problema para quem, considerando que eles seguem em crescimento demográfico? Aliás, uma pergunta planetária que me ocorre há algum tempo: por que os chineses e os indianos tem o direito a ter/ser quase a metade da população do Planeta?
Isso posto, quero deixar claro novamente, que se nada for feito imediatamente em relação a um controle de natalidade planetário, medidas mais duras serão necessárias no futuro.
Sim senhor e senhora, caros animais racionais. Basta pensar um pouco, ou seja, usar o que deveria nos distinguir dos demais animais, para perceber que o problema demográfico é uma questão planetária que precisa ser encarado por todos os países, com seriedade e urgência.
Por fim, em relação a ter filhos de forma "a la vontê", lembro de uma frase do Rousseau (apesar dele ter sido um péssimo pai. Na verdade ele só foi o genitor), no livro Emílio: “Um pai, quando gera e sustenta filhos, só realiza com isso um terço de sua tarefa. Ele deve homens à sua espécie, deve à sociedade homens sociáveis, deve cidadãos ao Estado. Todo homem que pode pagar essa dívida tríplice e não a paga é culpado, e talvez ainda mais culpado quando só a paga pela metade. Quem não pode cumprir os deveres de pai não tem direito de tornar-se pai.”
Quem sabe o pecado original – dessa vez criado pela sociedade e não pela igreja - deveria ser: colocar filhos no mundo sem ter condições materiais para criá-los. Aqui nem me refiro a condições afetivas dos pais/a maturidade emocional para ter e criar filhos, pois é algo que logo colocaria a espécie humana em situação de extinção.
Tércio Inácio
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