Crônica: marxismo x “auxílios brasis”

Crônica: marxismo x “auxílios brasis”

Que a economia dirige o ocidente, já temos certeza. Na verdade, a economia norteia todo planeta humano (já o planeta Terra segue seu curso natural, com dinheiro ou sem, com humanos ou sem).

Mas voltando ao planeta dos humanos, ou pior, ao planeta do dinheiro, gostaria de apontar para uma direção social-econômica, em curso, que está sendo ignorada, qual seja, a dos “auxílios brasis” planeta a fora (utilizo esse nome, daqui, pela possibilidade de clareza, mas, me referindo a todos os países). Sei que vai ser difícil convencê-lo/a de que não sou contra esses auxílios, mas que, apenas pretendo provocar um questionamento a respeito, pois, a longo prazo, isso será inevitável e possivelmente, catastrófico socialmente. Isso mesmo, catastrófico socialmente e nem tanto economicamente.

Veja que a teoria marxista, do materialismo histórico, ou melhor, da produção material e de todos os processos intersubjetivos que isso implicava, não faz mais muito sentido na nossa época industrial. Além do mais, parece que os benefícios sociais,  delegaram a um terceiro – a política – a resolução do constante conflito entre burgueses e o proletariado, que era atualmente, o conflito entre empregadores e empregados.  Novamente tentarei me defender de antemão, informando que não estou do lado burguês/empregador, mas também informo, que não estou “cegamente” do lado do proletariado/empregado. Quero apenas levantar hipóteses problemáticas futuras:

Será que os “auxílios brasis” são tão benéficos socialmente, assim, a médio e longo prazo? Claro que ninguém deve morrer de fome, por isso, a curto prazo, eles são necessários. Mas, o Estado não deveria focar mais em produção de emprego e qualificação profissional?

Será que o marxismo – burgueses x proletários - foi suplantado pelo assistencialismo – políticos x beneficiários de auxílios?

Será que os “auxílios brasis” não estão sendo usado mais politicamente do que sendo um programa de Nação? Ao menos, enquanto muitos eleitores brasileiros estão recebendo benefício, e ficando em casa, os venezuelanos, argentinos, angolanos... estão sendo empregados.

Como será a geração dos cidadãos  “auxílios brasis” ? Será que o Estado precisará “adotá-los” definitivamente? Convém lembrar que o Estado não coloca filhos no mundo, quem o faz é um pai e uma mãe.

Da onde sai/sairá o dinheiro para os “auxílios brasis”? Com certeza não é do bolso dos políticos e bem sabemos, que os super-ricos não pagam impostos. E mesmo que pobre também pague impostos, indiretamente, me parece que esse valor é ínfimo.

E os empregos/empregados? A indústria já está investindo, fortemente, na mecanização/robotização e agora, em inteligência artificial, ou seja, os empregos humanos estão diminuindo diariamente. E para complicar a situação futura, os “auxílios brasis” estão incentivando a procriação – algo que ninguém quer admitir - afinal, são 150 reais a mais por filho menor.

Enfim, adeus ao marxismo e bem vindo “auxílios brasis”, pois, pelo jeito, a direção está traçada. Parece que o materialismo histórico do Marx passou a ser auxílio desemprego/pobreza. Isso mesmo, pagar uma bolsa para o pobre ficar em casa, fazer mais filhos, continuar desempregado e no período eleitoral, votar na manutenção do político e da política que o beneficia a curto prazo. Ah! E adeus para o programa de Nação. Se é que já teve algum.

Mas, ainda é menos pior essa direção (ditadura do dinheiro) do que a direção da ditadura de um homem só (de um grupo militar ou religioso).

 

 

 

 

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